—Estou sendo sincero. Cuidei de você durante anos. Por que acha que não teríamos qualquer ligação?
—Por que isto não existe. —Respondi sem olhar nos olhos do médico, continuei encarando a janela ao meu lado apreciando o clima frio e nublado.
—Então acredita que sou igual ao restante das pessoas? Que não tenho compaixão com o próximo?
—Somos todos iguais. Não se engane! —Respondi brava. Ele ficou alguns segundos em silêncio.
—Me diga uma coisa! Não acha que deveria perdoá-los?
—Por qual motivo?
—Você sabe! Não te ajudaram! Abandonaram-na padecendo em um hospital!
—Então acredita que é pessoal? —Perguntei quase sorrindo de sua visão inteiramente mal interpretada.
—Então o que é? Por que não acredita na humanidade?
—São piores do que animais! São cruéis, não existe compaixão.
—Não me convenceu!
—Todos os experimentos, o projeto Haarp, a unidade 731, a disseminação de pragas, as bombas destruindo nações. Mataram pessoas inocentes, crianças. —Fiz uma pausa e respirei fundo.
—Tudo por ganância, egoísmo, poder! Ainda acredita que merecem ser salvos?
—Você não decide isso filha!
—No fim somos todos uma mentira!
—E você? Merece ser salva?
—Não! —Respondi sincera.
—Se você pudesse voltar no tempo, o que mudaria?
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